Romance escrito em 1844 por Alexandre Dumas, este livro foi para mim uma deliciosa surpresa. A narrativa me “aprisionou” do começo ao fim e presenteou-me com muitos momentos inesquecíveis. A seguir os meus melhores momentos do livro em ordem cronológica:
- O fantástico encontro com o abade Farias: Vejo o abade como o símbolo da ciência, fé, criatividade, conhecimento, cultura e sabedoria. Tais virtudes podem literalmente salvar a vida de um homem. Dantès, à beira da loucura, da solidão e do suicídio pôde encontrar a luz, personificada no abade. Este encontro é tão maravilhoso quanto ao próprio nascimento de uma nova vida. Inicialmente os dois comunicam-se apenas à distância, com sons e depois com vozes, tal como o bebê que ainda se encontra aprisionado no útero da mãe. Então, após diversas semanas Dantès consegue finalmente ultrapassar a barreira que os separavam ao remover o último torrão de pedra e vir finalmente à luz. A partir daí o personagem já não se encontra mais sozinho e todos os limites se expandem ao infinito. O personagem agora recém-nascido precisará aprender sobre este novo mundo que lhe foi revelado.
- A fuga do Castelo de IfLugar real localizado na ilha de If, na baía de Marselha ao sul da França: Após anos e anos de confinamento injusto, ver o personagem irromper em liberdade foi um trecho do livro que me comoveu profundamente. Cada uma de suas braçadas nas ondas do oceano era um grito de liberdade, medo, esperança, alegria e justiça.
- Descobre o fim que levou seu pai: Momento triste e revoltante em que descobre que seu pai faleceu miseravelmente. Dentre todos os amigos, ele pôde contar apenas com a ajuda de Mercedes e Morrel.
- Quando de fato Dantès encontra o tesouro indicado pelo abade na ilha de Monte Cristo.
- O julgamento de Morcerf na Câmara dos Pares e a aparição de Haydèe.
- Todas as cenas com Noirtier, personagem sagaz que se comunicava apenas com os olhos e que não se deixava abater por sua condição extremamente limitante. Com muitas cartas na manga o personagem é surpreendente e hilário ao mesmo tempo.
- Quando o conde abandona os planos de matar Albert. Quando ele entende que seguir seu coração, sua alma, é mais importante do que seguir um plano. Quando percebe que a verdadeira justiça não cabe aos homens e que o perdão é a chave que liberta um coração aprisionado nas masmorras frias da vingança e do ressentimento.
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