Muitos questionam o sentido da vida arremessando sem parar perguntas para Deus e o Universo. Na contramão, V. Frankl propõe que o melhor é ser questionado a questionar. É a própria vida, a cada instante, que exige de você um sentido, uma resposta, e ninguém pode respondê-la por você. Dar essa resposta é um poder-dever, uma liberdade-responsabilidade que temos e que continuaremos a ter até o nosso último respirar.
Ao homem podem prender, tirar a saúde, identidade, dignidade e suas palavras, mas, ainda assim jamais arrancarão sua liberdade última. Enquanto houver vida, o homem pode (deve) encontrar um sentido, mesmo (principalmente) na adversidade, no desespero ou na profunda tristeza.
Somos seres culturais. Como reflexo do ser em sociedade que somos, podemos olhar a cultura como a imagem em um espelho de quem a todo instante busca dar sentido para as coisas. A cultura propõe respostas coletivas para perguntas que a vida nos lança enquanto coletividade. Digo isso apenas para lembrar de que nem sempre existirá uma resposta fácil, pronta, por mais ricas e complexas que sejam as múltiplas culturas em que esteja inserido.
Deste modo, apesar da cultura e até mesmo dos instintos, temos sempre total liberdade para encontrar a resposta que parece ser a mais correta para a pergunta da Vida que se coloca em todos os momentos. Para onde aponta nossa consciência frente aos Seus questionamentos? Será que preferimos muitas vezes abrir mão da responsabilidade de dar alguma resposta? Ignorar os porquês de nossa existência pode parecer muito mais fácil. Parece muito mais simples correr para a TV e se hipnotizar com algum filme, alguma série, passar a tarde ouvindo música, se matar de tanto comer ou sair para beber e afogar a própria consciência…mas, lembre-se de que, no final das contas, o ser humano não suporta o sofrimento de uma vida sem sentido. Uma vida sem sentido não é uma vida que vale a pena ser vivida.
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