Relento à beira-mar, à sós com ela

A contemplar o céu tirar sua roupa,

Incendiar o mar, virar a noite,

Amantes do horizonte à luz de velas.

E ao longe, nesse marulhar das ondas,

Rebenta em seus luares sobre a pele,

Recife de indelével amor, revela-te-me

Hoje e com todas as suas cores.

E ainda, em gestos doces, com juras

Rendidas neste amor que se transmuta

E que arrebata à praia os dois amantes

(Que já não sabem mais se amar sem gulas),

A salvos, sós, nos beijos de quem ama,

Bem desfalece em brumas, mar e chamas.

Categories: Eu poético

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