A vida é simples qual a luz de um vaga-lume,
Vida que se apaga, vida que se ilumina,
Leve brilho que pela imensidão flutua.
Já se vai distante mais uma luz amiga.
E então, depois do pôr do sol, que não perdura,
Já muito ao longe vai atravessando a lua
Que de minguante cheia de esperança fica,
Pois nunca foi para ser o fim a travessia.
Recebe então, ó céu da noite, a nossa estrela
Muito além destes horizontes de tristeza
Que às vezes vem fazer morada e nada sabe!
Brilha agora feliz e, se possivelmente,
Em breve e num piscar de horas que não tarda,
Espera os seus amigos nessa eternidade!
Davi Lourenço
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