Deus, obrigado pela chuva

que desce calma e serena.

Pela vida que se renova

na serenata de suas águas.

Pela alma que se refresca

na sinfonia de suas gotas

tamborilando noite adentro em minha janela,

Me trazendo à mente as lembranças

Os perfumes de minha infância

O cheiro da terra molhada

O velho pé de amoreira

O canteirinho de hortênsias

Chegar mais cedo da escola

Admirar de noite a lua

Ver os planetas e as estrelas

Acordar no fim de semana

Tomar café com a família

Ouvir o barulhinho do portão da vó se abrindo e ela vindo dar bom dia

Seus jardins, suas flores, seu amor, seus doces, suas receitas

O pai, cantarolando um hino no banheiro igual cantor de ópera

Nossas guerrinhas de almofada,

As brincadeiras de lutinha no chão da sala

e a mãe gritando: Pára bem! vai machucar!

Aí então que a gente dava mais risada!

A maninha sempre amorosa, sensível e bondosa

Desde pequena menina artista e criativa

Escrevia com uma letra tão bonita e sempre tirava dez nas provas

E como esquecer a mãe e as suas “infames” piadinhas,

pérolas de alegria que eternizaram tantas lembranças

Seu amor, seus conselhos, seu consolo, sua paz, sua sabedoria

Obrigado, Deus, pela chuva

Obrigado pelas coisas simples e preciosas dessa vida.


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