Poesia sob inspiração da peça teatral Sede de Wajdi Mouawad, por Felipe de Carolis no Tucarena em Perdizes, São Paulo.
Sede de ser
Sede de viver
Sede de amar
Sede de sentido na vida
Sede de sentir quem só você poderia ser
Sede de ser quem só você sabe sentir
Sede do devir,
Do dever de existir,
E de seguir sonhando…
Matar a sede sem matar os sonhos
Sem sufocar os sonhadores que sonham dentro de você:
Aquele garotinho e aquela garotinha,
Murdoch e Noruega…
Pois, mais dia menos dia
Diante do espelho…
Uma catástofre!
No pôr do sol da vida
Devemos encarar quem somos
E quem não deixamos ser…
A luz no fim do túnel é um espelho
Do mais terrivelmente belo…
Sedento de sinceridade.
E a luz que brilha ao fundo somos nós
Chegando perigosamente perto
Da última gota à estiagem
Silêncio!
Cai agora solitária, a derradeira lágrima.
Esvai-se, ensurdecedoramente,
Finita e infinita ao mesmo tempo
Finalizando sua jornada,
Satisfazendo sua sede.
Contemplando agora o significado mais profundo de sua vida
Descansando enfim na atemporalidade do infinito
Nada do que viveu estará jamais perdido,
Pois a eternidade não se esquece
De todo aquele que sofreu…
Mas buscou sentido.
0 Comments